sábado, 7 de maio de 2011

'Epibiografia'



Filho de portugueses,
Com pais ausentes,
Fui criado ao lado de
Franceses, espanhóis e Holandeses.

Infância dura, trabalhadora,
Fornecendo meu pau, e meu doce,
Mesmo não tendo rosto,
Levava meu sorriso por onde quer que eu fosse.

Comecei me interiorizar,
Meus preciosos bens, desvendar,
Foi se instaurando em mim a vontade de se rebelar,
Menino latino, se achava melhor, queria liberdade

Saí de casa, sem documento.
Sentindo com o vento peito o que é liberdade,
Aprendi do pior-melhor jeito o que é responsabilidade!

Nesta difícil infância, 
Aprendi o que significa violência,
Em chicote, camburão, sociedade,
Escravizando, escravizado, torturando, torturado!

Após meu império de arrogância,
Aceitei opiniões com certa intolerância,
Fase difícil, a dos 19!
Senti a pressão externa,  como adulto,
Despreparado, errei, me vendi,
Não fui forte, pensei apenas no 'din'

Aos 20, necessito de um psicólogo,
Pois, por falta de base, maturidade, me adaptei ao jogo,
Tenho boa imagem, mas por dentro, sofro!

@MrParadinovic

2 comentários:

  1. e aos 21 como todo, ainda jovem, é aplaudido de pé pelos cegos do castelo. Muito bom... E até domingo!

    ResponderExcluir
  2. tecnicamente, vc cresceu como um escritor de peso, a preocupação social e introspecção fazem de vc um poeta que se aproxima dos valores realistas, parabéns.

    ResponderExcluir